PROSPECÇÃO DE AMETISTAS: UTILIZAÇÃO DO SENSORIAMENTO REMOTO NO ESTUDO DE POTENCIAIS ÁREAS DE MINERAÇÃO NO SUDOESTE DO RIO GRANDE DO SUL

Breno Mello Pereira, Miguel da Guia Albuquerque, Jean Marcel de Almeida Espinoza

Resumo


Esse estudo teve como objetivo a utilização do sensoriamento remoto baseado na coleta de imagens do sensor orbital ASTER/Terra, na prospecção de potenciais áreas de mineração de ametistas no sudoeste do Rio Grande do Sul. A localidade de estudo foi escolhida tendo em vista as descobertas feitas pelo Serviço Geológico do Brasil em 2021, o qual tratava da busca de novas áreas propícias à formação de ametistas ao longo da extensão da região de Los Catalanes, no Uruguai, a qual é adjacente à fronteira sudoeste do Rio Grande do Sul com os municípios de Quaraí e Santana do Livramento. A metodologia fundamentou-se na aplicação do método de classificação Spectral Angle Mapper (SAM) em imagens do sensor ASTER, o qual verifica a semelhança entre as assinaturas espectrais de alvos de referência e dos pixels de uma imagem. O método SAM foi selecionado dentre as opções disponíveis, a exemplo da transformação MNF, Linear Spectral Unmixing, Spectral Information Divergence, dentre outros métodos, por se tratar de um algoritmo de solução robusta e fácil aplicação, com resultados reconhecidos na literatura. Os valores do SAM são expressos em ângulos, a fim de que quanto menor for o ângulo para o pixel classificado, maior será sua similaridade espectral com a amostra de referência e, por conseguinte maior a possibilidade de o pixel conter aquele mineral em foco. Como resultado foi observado que 13,275 hectares de área apresentaram probabilidade de ocorrência de ametista entre 66,66% e 72,52%. Em relação ao padrão espacial para identificação das maiores probabilidades de ocorrência de ametistas, estas ocorrem pela sobreposição do basalto, malaquita e quartzo, materiais os quais sua presença é associada diretamente à ametista, e que se encontram em percentuais acima de concentrações médias já encontradas em outras jazidas. A metodologia empregada neste estudo se mostrou como uma excelente alternativa no apoio à prospecção geofísica de ametistas. Por fim, a partir dos produtos gerados ao final deste estudo espera-se produzir subsídios a outros projetos acerca da prospecção de ametistas no Rio Grande do Sul.


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