Quem pode com as corporações? Sobre o caráter incontrolável do grande capital

João Leonardo Gomes Medeiros

Resumo


As corporações apresentam-se, atualmente, como instituições que penetram em quase todos os momentos da vivência cotidiana: a saúde, a educação, o provimento de serviços sociais diversos, a alimentação, os esportes, a cultura, etc. são todos, hoje, domínios da vida social cobertos pelas corporações. O artigo pretende defender a tese de que essas instituições onipresentes são dotadas de uma natureza socialmente incontrolável. Como objetivações do trabalho humano sob a forma de capital concentrado e centralizado, as corporações não são passíveis de serem conduzidas a qualquer direção que conflite com a sua dinâmica própria de autoexpansão contínua. Daí, os sucessivos fracassos das tentativas de estabelecer limites à sua atuação: primeiro pelo Estado, depois pelas organizações internacionais e, agora, por seus próprios acionistas e administradores.

Palavras-chave: corporações; capitalismo contemporâneo; mazelas socioambientais; gerenciamento político- -administrativo

Artigo recebido em dez. 2010 e aceito para publicação em nov. 2011.

Palavras-chave


Corporações; capitalismo contemporâneo; mazelas socioambientais; gerenciamento político-administrativo.

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ISSN 1980-2668