A persistência das desigualdades regionais no RS: velhos problemas, soluções convencionais e novas formulações

José Antônio Fialho Alonso

Resumo


O objetivo central deste artigo é discutir a persistência das desigualdades regionais no longo prazo, os equívocos que têm sido cometidos na interpretação e nas tentativas de mitigá-las e as possibilidades de novas formulações de políticas para combatê-las. Discute-se, a seguir, a incapacidade das políticas de combate às desigualdades, quase sempre com foco setorial, tópicas e superficiais, portanto, incapazes de atingir os fatores estruturais causadores do subdesenvolvimento. Há um longo trabalho a ser feito de organização e planejamento, que envolve novas formulações, públicas e privadas, visando modernizar estruturas cristalizadas e tendo como centro a inclusão, a participação e a dinamização da economia regional. Enquanto esse movimento é articulado e posto em marcha, há, pelo menos, três medidas que podem, desde já, ser deflagradas ou intensificadas. São medidas essenciais, prioritárias e indispensáveis para a construção do desenvolvimento em áreas estagnadas. A primeira é a recuperação financeira do Estado (Administrações Estadual e Municipais). A segunda medida refere-se às políticas de melhoria da qualidade da educação, que envolvem redução do analfabetismo, aumento do tempo médio de permanência na escola e melhoria progressiva dos salários e das condições de trabalho do corpo docente. Por fim, o estabelecimento de um conjunto de medidas que revitalizem as cidades da região.

Palavras-chave


desigualdades regionais; desenvolvimento regional

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ISSN 1806-8987