Distribuições em cauda longa e comércio internacional: uma investigação empírica de padrões de concentração na pauta de exportações do Espírito Santo, em 1996-2010
Resumo
RESUMO
O Estado do Espírito Santo pode ser caracterizado como um estado cuja economia tende a ser significativamente afetada pelo comércio internacional. Estimativas de grau de abertura da economia local apontam valores em torno de 50%: ou seja, a cada R$ 100 produzidos no Espírito Santo, cerca de metade é destinada ao comércio exterior. Por conta disso, o presente trabalho tem como objetivo verificar a ocorrência de padrões de concentração na pauta de exportações do Estado. Para tanto, faz-se uma análise dos principais produtos exportados para 180 países ao longo dos últimos 15 anos. Os resultados obtidos demonstram que: (a) ocorrem nítidos padrões de concentração na pauta de exportações, tanto em termos de valores exportados quanto em termos de destinos das exportações; (b) em relação aos valores exportados, nota-se a ocorrência de uma distribuição nitidamente assimétrica, com cerca de nove produtos sendo responsáveis por uma parcela correspondente a 86,4% da pauta de exportações; (c) em particular, tem-se uma situação onde apenas um bem (minério de ferro aglomerado) responde por mais de 40% da pauta total de exportações; (d) estimativas de regressões relacionadas a distribuições em cauda longa demonstram que tanto a distribuição da pauta de exportações quanto a dos destinos das exportações estaduais não podem ser caracterizadas em moldes condizentes com a Lei de Zipf; (e) resultados de um exercício econométrico apontam a existência de uma relação empírica positiva e estatisticamente significativa entre valores exportados pelo Estado e número de mercadorias exportadas, tamanho de mercados de destino e grau de desenvolvimento desses mercados. Esses resultados são importantes não apenas por confirmarem a ocorrência de padrões de concentração no comércio exterior estadual, mas, principalmente, por chamarem atenção para padrões empíricos inerentes a uma pequena economia aberta, conforme parece ser o caso do Estado do Espírito Santo.
Palavras-chave: comércio internacional, Lei de Zipf, Espírito Santo.
O Estado do Espírito Santo pode ser caracterizado como um estado cuja economia tende a ser significativamente afetada pelo comércio internacional. Estimativas de grau de abertura da economia local apontam valores em torno de 50%: ou seja, a cada R$ 100 produzidos no Espírito Santo, cerca de metade é destinada ao comércio exterior. Por conta disso, o presente trabalho tem como objetivo verificar a ocorrência de padrões de concentração na pauta de exportações do Estado. Para tanto, faz-se uma análise dos principais produtos exportados para 180 países ao longo dos últimos 15 anos. Os resultados obtidos demonstram que: (a) ocorrem nítidos padrões de concentração na pauta de exportações, tanto em termos de valores exportados quanto em termos de destinos das exportações; (b) em relação aos valores exportados, nota-se a ocorrência de uma distribuição nitidamente assimétrica, com cerca de nove produtos sendo responsáveis por uma parcela correspondente a 86,4% da pauta de exportações; (c) em particular, tem-se uma situação onde apenas um bem (minério de ferro aglomerado) responde por mais de 40% da pauta total de exportações; (d) estimativas de regressões relacionadas a distribuições em cauda longa demonstram que tanto a distribuição da pauta de exportações quanto a dos destinos das exportações estaduais não podem ser caracterizadas em moldes condizentes com a Lei de Zipf; (e) resultados de um exercício econométrico apontam a existência de uma relação empírica positiva e estatisticamente significativa entre valores exportados pelo Estado e número de mercadorias exportadas, tamanho de mercados de destino e grau de desenvolvimento desses mercados. Esses resultados são importantes não apenas por confirmarem a ocorrência de padrões de concentração no comércio exterior estadual, mas, principalmente, por chamarem atenção para padrões empíricos inerentes a uma pequena economia aberta, conforme parece ser o caso do Estado do Espírito Santo.
Palavras-chave: comércio internacional, Lei de Zipf, Espírito Santo.
Palavras-chave
Comércio Internacional, Lei de Zipf, Espírito Santo
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PDFISSN 1980-2668