Pobreza feminina: um subproduto pouco visível da riqueza do agronegócio – o caso de Cruz Alta/RS

Christiane Senhorinha Soares Campos, Rosa Maria Vieira Medeiros

Resumo


No Brasil, existe uma relação diretamente proporcional entre pobreza e emprego, pois a maior parte da renda das famílias brasileiras é oriunda do trabalho. Como, nas últimas décadas, o agronegócio vem apropriando-se, cada vez mais, de espaços, construindo territórios, nos quais tem o poder de, dentre outras coisas, condicionar a divisão do trabalho em seus aspectos técnico, espacial e de gênero, pretendeu-se pesquisar o perfil do emprego gerado por segmentos do agronegócio, identificando o lugar da força de trabalho feminina, uma vez que, no País, a pobreza tem “cara de mulher”. O objetivo foi verificar se o agronegócio tem contribuído para reduzir ou para retroalimentar a produção da pobreza, especialmente das mulheres. Realizou-se um estudo de caso em Cruz Alta-RS, e os resultados evidenciam que o perfil do emprego gerado pelo agronegócio é masculino, temporário, formal e precário.


Palavras-chave: produção da pobreza, agronegócio e desigualdade de gênero.

Artigo recebido em out. 2011 e aceito para publicação em nov. 2011.

Palavras-chave


Produção da pobreza; agronegócio; desigualdade de Gênero.

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ISSN 1980-2668